Voltei! Não com um ânimo muito legal, mas voltei. Talvez tenha encontrado no blog um “alguém” pra ouvir minhas lamentações por hoje. Voltar a escrever já tinha passado pela minha cabeça ontem, quando meu querido amigo Rafael Gomes lançou seu blog (que está show!): www.versosdoinverso.blogspot.com. Acessem, tá bacana de verdade.

Já achava isso, mas hoje a vida me deu um tapa pra que eu tenha certeza absoluta: não sou a dona do meu destino. Por alguns segundo vi o mundo parando de girar… e eu ali, no meio da loucura com olhar de criança que descobriu que Papai Noel não existe, vendo meus sonhos e planos indo pelo ralo.

Li um texto uma vez, da Martha Medeiros se não me falha a memória, onde ela falava da dor. Ninguém precisa me obrigar a ser forte agora; eu não quero ser forte. Queria que alguém fizesse isso por mim, assim como já fiz tantas vezes por outras pessoas. Mas acho também que isso não vai acontecer.

Agora mais do que nunca irei escrever por aqui. Por outros meios tá difícil meeeeeesmo. De bom nesse post, fica a indicação do blog do Rafael.

Já vou indo com lágrimas nos olhos. É o que tenho para hoje.

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Viu?! Tinha alguém precisando da gente.

 

Mas no final das contas foi engraçado. Acabei de chegar da escola e minha irmã tá arrebentada até agora. Ô povo mole, viu?!

Mas a aventura com vocês foi, com certeza, a melhor coisa do meu domingo.

A coisa começou mais ou menos assim:

Na quarta-feira, na nossa animadíssima reunião de Conferência (Menino Jesus de Praga), marcamos pra ir fazer visita. Ótimo, os novatos todos animados. Ficou pra domingo… “5 horas nos encontramos na praça.” Chegou domingo e uns minutinhos antes de sair de casa, começo a passar mal. Foi tenso, não conseguia firmar a perna no chão, mas tinha que ir. Minha irmã saiu me apoiando pela rua e eu andando a 0,1 km por hora. Rs. Aí lembrei que sou hipoglicêmica… podia ser uma crise. Quando cheguei a essa conclusão, tava perto da sorveteria e resolvi entrar. Foi aí que a Isa (Isabella, a fia do doce) me ligou e perguntou onde eu tava.

Com voz de choro, respondi que tava passando mal na rua e ela, desesperada, disse que iria me encontrar. Comprei um sorvetinho de olho de sogra (adoooooro) e a Isa e o Bruno chegaram pra se juntar à minha irmã e eu.

Chegando na esquina, eu pedi: “-Gente, vamos passar por ali?!” “Vamos!” Quanta bobeira, volta pra nadaaaaaaa. Mas enfim… assunto pra ooooutro momento.  =)

Chegando na praça da matriz, encontrei Marquinho e meu afilhado Rodrigo. A praça cheia de gente, eu sem conseguir andar com as pernas bambas. Enquanto esperávamos o Ganso (Thiago), Isa e eu fomos dar “aquela” voltinha na praça. Atoa também. Mas foi o tempo do Ganso chegar pra partirmos.

Na rua encontrei minha bonequinha (Helena) e também o Túlio.

E que sufoco até chegar no Rosário… passos pequenos, lentos, muita reclamação… mas muita risada também. Porque o Ganso é bobo demaisssss…

Encontramos papai e mamãe na rua. Meu pai pediu pra que fosse na casa da Dona Teresa (O problema era que eu não sabia direito onde é a casa dela).

Quando encontramos, todo mundo começou a gritar na porta da casa da senhora e, acho que de medo, ela não abriu a porta. kkk.

Aí pensei… pensei e resolvi levá-los no ápice de uma visita de Conferência: a Jacuba ! E a maioria deles nunca tinha pisado naqueles lados.

Depois de uns 15 minutos de caminhada, o Ganso deitou na calçada e todo mundo que passava olhava com aquela cara: Rúbia, Bruna, Isabella, Marquinho, Bruno, Rodrigo e o Thiago deitado no chão. Quando ele resolveu levantar, caiu os óculos no chão e a farra foi total. Resultado: um risco enorme que deixou meu colega bravo demais.

Chegando lá, errei de casa. Normal isso… rs. A assistida que fomos visitar estava realmente precisando da ajuda dos vicentinos e ainda bem que chegamos lá. A loooonga caminha valeu por isso.

Medo me deu quando olhei pro céu e vi tudo preto. Acho que deu medo também no Thiago que ligou pro pai (acho que era o pai mesmo) e pediu socorro. Ele e o Rodrigo ficaram esperando carona e nós, bravos vicentinos e agora em menor número, continuamos andando. E andando, andando e andando.

O resultado foi uma família ajudada e essa foto aqui:

Os dois bonequinhos são Rodrigo e Thiago que já tinham nos abandonado nessa hora.

Ah, resultado negativo pra minha irmã que tá detonada até agora.

“Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”

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Ahh, a semana do saco cheio !!

Finalmente, ela chegou! Não do jeito que eu esperava e queria, mas vamos levando. Quando a gente acha que as coisas começam a ficar melhores, vem logo um balde de água fria e cai em cima de você.

Aí vem a famosa pergunta: o que eu faço agora?!

(O ermo do ermo)

Sem resposta, não há o que fazer a não ser esperar. De novo, só sei esperar nesses últimos tempos. Mas tentarei ter calma, afinal, dias longos ainda vem por aí.

Hoje é dia de baile e já dei altas brigas com a minha irmã e com uma amiga dela. A culpa de tooooooda a confusão é das duas. Mas uma coisa é certo: foi a primeira e última!

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Há alguns dias que não passo por aqui. Mas confesso que foram dias bemmm complicados. Estive em SP prestando vestibular e fui aprovada! Bom, né? Tudo caminha mais leve agora.

Mas ontem senti o peso de uma aprovação no vestibular… liga pra um, liga pra outro… olha no mapa, vê se passa metrô perto daquela rua… Vixe, que vida! Me senti um pacote sendo despachado.

E o mais tenso de tudo foi o final de tarde. Ontem senti exatamente a sensação de se ter sangue fervendo nas veias.

Mas tô aqui falando com a minha Ovelha (Jéssica): ela me deixou tranquila dizendo que se eu for presa, ela vai me visitar toda semana e também me levará um frango assado. Pedi pra ela também me contar da revolução que causarei nesse mundão.

Completei dizendo que as pessoas vão chorar no meu túmulo se me matarem na cadeia.

É esse o motivo do post: minha imaginação voando hoje.

Conversando também com o Alvaro no FB. Estamos trocando receitas pra se fazer com galinha. Bom, né?

Aproveitando minha imaginação, dei minha contribuição pro texto do teatro da Escola Vencer no festival de novembro. Falei de políticos, diabos e anjos. Adooooro.

Fico por aqui. Já deu pra descontar um bocado da ira.

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“Mulheres de aço e de flores.”

“Seus olhos e seus olhares, milhares de tentações. Meninas são tão mulheres, são truques e confusões se espalham pelos pêlos, boca e cabelo, peitos e poses e apelos. Seus dentes e seus sorrisos mastigam meu corpo e juízo. Devoram os meus sentidos e eu já não me importo com isso. Garotos não resistem aos seus mistérios; garotos nunca dizem não. Garotos como eu, sempre tão espertos, perto de uma MULHER são só garotos!”

“Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demaisOlhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz”

Começo hoje, querido diário, com um pedaço de uma letra de música que adoro e com um poema. A primeira, música de Leoni – Garotos e após um poema de Chico Buarque. Tudo isso pra falar de nós, mulheres, tantas vezes pisadas e discriminadas pelos homens.

O homem que jamais se rendeu aos encantos de uma mulher, que nunca se levou por um olhar, por um beijo, por uma voz doce e suave que atire a primeira pedra.

Mulher tem dons. Tem o dom de entender a dor que um homem sente quando ninguém mais sabe o que fazer; tem o dom de gerar e carregar dentro de si uma vida; dom de entender o que seu amado quer pela forma como olha; dom de sentir prazer em fazer os outros felizes; tem o dom de encantar e seduzir com seu jeito; tem o dom de fazer qualquer um se render e mesmo assim ainda continuar no controle de seus sentimentos; ela também tem o dom de se render ao amor que tem dentro do coração, sem perder, porém, a firmeza que só tem o olhar de quem quer conquistar, amar, viver.

Não estou aqui generalizando nada.  Mas alguns homens passam a vida tentando diminuir mulheres, tentando “nos colocar em nosso lugar”. Passam a vida julgando nossos sentimentos, nossos doces sonhos, nosso modo de encarar e enxergar a vida. Ao invés de passar a vida tentando nos humilhar, homens deveriam logo arrumar um modo de fazer feliz a mulher que ama. Acredite, na vida de uma mulher nada tem tanta importância quanto receber carinho, afeto, amor. Nada vale mais do que um abraço apertado: é ele que passa toda a confiança que uma mulher precisa para renovar as forças que tem dentro da alma.

Essas mulheres que lutam, sonham, trabalham, cuidam dos filhos, da casa, do esposo, da ordem na família deveriam receber o mínimo de respeito pelo simples fato de poder gerar outras vidas. Homens não teriam vida sem nós! Aí os donos da vez vem e dizem que mulheres também não teriam vida, sendo assim. Mas o fato que a mulher nascida de uma mulher terá a chance de devolver a dádiva ao universo. Um homem não. Tomara que ele consiga plantar uma sementinha dentro do corpo de uma linda mulher por amor! E que essa criança seja fruto de muito carinho, admiração, amizade e respeito.

Além de não ganharem vida sem nós, que homem nunca ficou desestruturado sem uma presença feminina por perto?!

Tem uma outra música que também gosto muito e que escuto sempre que estou meio chateada. Acho que nela está o resumo do que é ser mulher; justamente essa mulher que descrevi nas linhas acima. Na letra, Maria representa todas nós, mulheres… E quem ler, que tenha no coração a humildade de agradecer pelas mulheres que tem na vida.

“Maria, Maria é um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta

Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta

Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria

Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida.”

É… mulheres tem sempre a estranha mania de ter fé na vida. E ainda bem. É só assim que homens continuam em frente, afinal, como já dizia o poeta: “Por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher!”

 

 

 

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Mamma Mia – o musical

Após quase uma semana longe da Vila Donna, vim aqui hoje dividir com vocês a emoção de ver todo o projeto virando realidade no palco da capela.

Nos dias 20, 21, 28 e 29 de agosto, o grupo de teatro escola Vem Ser apresentou em Carmo do Rio Claro uma adaptação do musical da Broadway. Senhoras e senhores, bem vindos à Grécia… mais precisamente à Ilha Kalokairi, onde possivelmente está a fonte de Afrodite, a Deusa do Amor. Hoje eu vim contar uma história para vocês… Rsrs.

Já sinto saudades de entrar pela capela falando este texto que escrevi com muito carinho.

Apesar dos probleminhas dos dois primeiros dias de apresentação, nada impediu que o teatro fosse lindo e todos rasgassem elogios ao trabalho desempenhado. Ver o final do espetáculo chegando e ninguém se levantando por esperar ainda mais alguma coisa foi MARA !! Rs.

Assisti a todas as apresentações de camarote! Ajudei no jogo de luzes, a jogar notinhas de dinheiro no pessoal maravilhado com as meninas (Jack, Isa e Gabi) lá no palco dando um verdadeiro show !!

Aos meus amigos Alvaro, Túlio, Felipe (Néia), Jack, Isa, Gabi, Bruna, Lívia, Juju, Marina, Marcos Vinícius e Alice… PARABÉNS ! Foi lindão lindão demais!

Saiu em todos os jornais na região não foi atoa não, gente…

Valeu demais a pena! Quem ainda não viu, veja !

“You can dance, you can jive, having the time of your life…”

Algumas fotos:

 

 

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Brasil: um país de analfabetos funcionais.

Olá! Bom dia! O motivo de estar aqui a essa hora da manhã é a vergonha da situação da educação em nosso país.

Com uma taxa de 90% de alfabetizados – o que seria relativamente alto -o país tem sérios problemas com o analfabetismo funcional. Cerca de 21,6% da população sabe identificar letras, números e sentenças, escrever o próprio nome, mas não tem capacidade de interpretar textos e realizar operações matemáticas, por exemplo.

Também é considerado analfabeto funcional aquele indivíduo com mais de 15 anos e que possui escolaridade inferior a 4 anos. Porém esta definição não é muito usada e nem precisa já que, infelizmente, temos pessoas com formação no ensino superior que não sabem ler e escrever corretamente.

É complicado pensar que estamos nas mãos destes profissionais e que estes jovens serão o futuro de nossa nação.

Hoje em dia quase não se ouve mais que um aluno “bombou” na escola. Tudo isso graças a um projeto que prevê que alunos devem ser passados adiante nas séries escolares. A justificativa? Alunos que são reprovados ficam desanimados com os estudos e preferem largar as salas de aula para arrumar um trabalho.

Reprovação escolar e o desânimo dos alunos
Reprovação escolar e o desânimo dos alunos.

É certo que alguns jovens tem esta mentalidade. Mas se a situação continuar assim, passando por despercebida por alunos, pais e governo, nossos vergonhosos números da educação continuarão piorando.

Foi publicado na Folha Online em 2006, que “leitura no Brasil é uma ‘vergonha'”. Os índices no país de pessoas que tem o hábito da leitura são muito baixos. E esse fator só piora a situação, pois é do conhecimento de todos que não existe boa formação escolar sem leitura… muita leitura.

Cabe a nós tentar também reverter este quadro do cenário nacional. Aos pais, aos diretores de escolas (sejam elas particulares ou públicas – já que nas escolas particulares também existem sérios problemas), professores e claro, aos alunos que amanhã serão nossos profissionais.

As eleições estão aí, hein? Na hora de escolher seu candidato, não se esqueça de analisar suas propostas em relação a educação deste país.

P.S: Este texto é parte integrante do trabalho de Sociologia, da professora Jassiara, com o tema: Educação no Brasil: problemas e soluções.

Todos pela educação!
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Passando bem rapidinho…

Olá! Peço desculpas pelo sumiço, mas essas últimas semanas foram osso demais. Aconteceu cada coisa que até Deus duvida.

Mas na verdade, vim dizer hoje que ainda virei falar sobre o Mamma Mia! Musical que estreou em Carmo do Rio Claro na semana passada e que, sem dúvida, anda fazendo sucesso por aqui.

Vim contar também que meu próximo post será um trabalho de escola. Com o tema “educação”, a professora Jassiara, da disciplina de sociologia, nos propôs um trabalho onde fossem apresentadas soluções para os mais diversos problemas na área da educação. Espero que fique legal.

Acho que é isso… =)

Até a próxima, galerinha.  

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Sexta-feira, 13 de agosto.

Pois é… Hoje é sexta-feira 13 e ainda por cima do mês de agosto. Alguns acreditam, outros nem tanto. Mas até aqueles que dizem ser pura bobagem, acordam com o pé atrás neste dia.

 E a única sexta-feira 13 deste ano caiu bem no mês de agosto. Legal… Rs.

Quando acordei hoje logo lembrei da data. Mas não achei que essa sexta-feira prometesse tanta coisa. Sorte que ela já está acabando; pena que notícia ruim não tem hora pra chegar. Por isso, espero ansiosa pelas doze batidas do relógio.

Só pra você entender: o número 13 é considerado da má sorte. O número 12 doze é considerado um número completo; (Ex.: 12 meses no ano, os 12 apóstolos de Jesus, 12 signos do zodíaco – falando em signo, tive uma conversa ótima hoje com a Najara e a Jack sobre signos. Fiquei feliz com as explicações do meu signo: aquário.) já o número 13 é irregular, incompleto. Só de ser ímpar já me deixa meio assim…

A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado, logo também não é considerado um dia legal. Enquanto a sexta é o dia mais temido da semana, agosto é o mês mais temido do ano. E nós, tripulantes desta louca nave tivemos a honra de viver este dia: SEXTA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2010. O dia mais temido; a data mais temida; o mês mais temido. Se você costuma sentir medo dessas coisas e no dia de hoje passou longe de gatos pretos, escadas e encruzilhadas reze com bastaaaaannnte fé. Porque colega, a coisa tá feia!

Existe até um nome pra quem tem medo excessivo deste dia, seja ele em qual mês for. A doença é chamada de parascavedecatriafobia; e existe uma outra também pra quem tem medo do número 13 em qualquer que seja a circunstância.

Levando em conta fatos históricos, dá mesmo pra ter medo dessa data. Vários desastres e fatos marcantes aconteceram ou em uma sexta ou no dia 13.

Mas o que vale mesmo é estar bem e não levar em consideração o que as pessoas falam. É claro que depois de tudo isso dá até pra ter um “medinho”, mas tudo não passa de superstição. Proteja-se e tome sempre cuidado. Porém traga dentro do coração pensamentos positivos. É assim que a vida anda.

E foi assim, querido diário, com pensamentos positivos, que a minha vida andou hoje.

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Aos meus pais… o amor que tenho.

     Querido diário… Que final de semana foi esse? Coisas estranhas aconteceram, mas isso não é novidade. Nem acho que vivo em um mundo igual ao dos outros mesmo. Mas enfim. Hoje não vim falar disso. Vim falar sobre o dia de hoje: DIA DOS PAIS! Apesar dos pesares, agradeço muito por ter meu pai perto de mim. Sinto porque meu vô não é vivo mais. Vô é como um pai também… Quando o meu vô paterno se foi, eu tinha pouquíssima idade. Uns 7 anos. Mas me lembro dele e da voz dele com perfeição. Abracei meu pai e meu vô materno; mesmo sendo singela, prestei minha homenagem a eles hoje. Mas não tive meu vô Ari pra abraçar.. É assim a 11 anos. Como era pequena, não lembro de nenhum dia dos pais com ele. Mas tenho as melhores lembranças do mundo ao lado daquele grandalhão de cabelos brancos. Resolvi hoje contar nesse meu querido diário o pouco que lembro dele: meu pai, minha mãe e eu tínhamos os dias certos pra ir na casa dele. Quando eu chagava lá, ia diretinho pra cozinha. Parava em frente um armário, que até hoje existe, e esperava minha vó entregar o chocolate e a pêra que ele tinha comprado pra mim. Ao lembrar disso agora, meus olhos se encheram de lágrimas. Lembro como se isso tivesse acontecido hoje de manhã. Tava sempre lá, no mesmo lugar me esperando. Dentro do bolso, ele tinha daqueles pentes marrons… Que vendia nas “vendas“. Depois de aproveitar meu chocolate e minha pêra, eu ia mexer no cabelo dele. Hoje, ninguém mexe no meu e eu não gosto de mexer no de ninguém.

     Um dia descobri que ele estava doente… Muito doente. E eu quis vê-lo. Não tinha idade pra entrar no hospital, mas meu pai prometeu dar um jeito. A janela do quarto em que ele estava dava pra rua. Meu pai me colocou nos ombros e me ergueu para que pudesse vê-lo. E eu vi meu grandalhão dormindo com um monte de aparelhos ligados do lado. Foi rápido, só lembro disso. Depois, quando ele saiu, minha mãe ia na casa dele todo dia. E eu junto. Não me recordo da minha irmã, ela era bebê ainda.

     Tempos depois, resolveram levar ele pra cidade onde a irmã mais velha do meu pai morava. O hospital de lá era melhor, talvez pudesse ajudar. Fui me despedir dele e lembro até do hoje jeito como ele estava deitado na cama. Poucas vezes vi meu vô tão feliz. Eu acho que as coisas pioraram por lá e meu pai foi chamado. No hospital, meu vozinho queria biscoito. E quem foi levar? EUU ! Outra vez meu pai me pegou no colo e me mandou jogar pelo buraco na janela. Caiu em cima da barriga dele. Ele virou o rosto, me olhou e sorriu. Foi a última vez que vi meu avô.

     Já em casa, o telefone tocou. Eu atendi. Era um conhecido da família que mandou chamar minha mãe. Quando ela desligou, olhou pra mim e disse: “ – Seu avô morreu.” Certo… E o que é morrer mesmo? Ele foi pra onde agora? O que aconteceu com ele? Sei que não pude mais pentear os cabelos brancos dele. Quando ia na casa dele, nem adiantava ir na cozinha. Não tinha mais quem comprava meus alimentos preferidos. Voltei a comer pêra quando minha afilhada começou a comer frutas. Fui dar pra ela e acabei comendo um pedaço também. Isso tem 1 ano e pouco. Quando coloquei aquele pedaçinho na boca lembrei dele… E doeu tudo por dentro.

     Restaram as coisas que ele me deu de presente; as fotos; as lembranças; o cheiro do chocolate e da pêra. Sempre quando vejo um pente igual ao que ele tinha, é como se sentisse a textura dos cabelos branquinhos dele. Olho pro meu pai e sinto que terei os cabelos brancos de volta. Os dele estão ficando idênticos.

     Sei que ele ainda se lembra de mim… E que vai sempre me amar. Neste dia dos pais, tenho o meu pai e meu vô Milton. E que anda teimoso. Quem acompanha meu dia-a-dia sabe como fico desesperada quando ele está doente. É meu outro pai. E hoje o dia teve eles. E meu vô Ari no coração! Sempre!

     Feliz Dia dos Pais, pai, vô Milton e vô Ari!

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